Caio Farias Martins – 1°

Heitor Sena Passos – 5°

Rayana Yukari Fachinetti Inomato – 7°

 A região amazônica possui uma grande relevância no cenário global por suas diversidades culturais, mas principalmente, por sua vasta biodiversidade e riquezas naturais. Com isso, devido a essas riquezas, tal região vem obtendo gradativamente um potencial econômico para a internacionalização de seus produtos naturais e culturais da região.

 Diante desse cenário, o comércio exterior (COMEX) desempenha uma grande importância dentro dessa possibilidade comercial, a fim de apropriar desse potencial e transformá-lo em mercadoria para o exterior, assim, aumentando a visibilidade da região. Porém, para a difusão de tais produtos é necessário analisar e compreender as vantagens competitivas e os desafios dessa transnacionalidade.

Esse potencial pode ser analisado na ideia de vantagem comparativa de David Ricardo, termo apresentado em seu livro “The Principles of Political Economy and Taxation” de 1817, que afirma que a especialização em produtos mais propícios e vantajosos traria vantagens comparativas. Ricardo apresenta essa visão voltada para os Estados, mas se encaixa precisamente na ideia de necessidade de especialização da região amazônica. 

 É explícito que a biodiversidade da região se estabelece como uma vantagem para com o comércio exterior (COMEX), pois produtos únicos são consideravelmente mais caros e sua exportação mais viável. Outrossim, a alta na exportação de produtos é uma maneira de se fazer reconhecer a biodiversidade amazônica e aumentar o giro de valor dos produtos, porém com a alta na exportação pode ocorrer a escassez e encarecimento dos mesmos internamente. 

 Além disso, é necessário compreender que há diferenças na exportação entre um grande produtor (minerador e etc.) e um pequeno produtor, pois a capacidade de internacionalização dos produtos e o capital de reserva para investimento em larga escala de produção e qualificação é diferente em níveis discrepantes. Ademais, pode-se apresentar debates em torno da exploração da biodiversidade da região, podendo acentuar os benefícios e malefícios da mesma em relação aos danos ambientais, principalmente em relação à mineração.

 Desse modo, pode-se auferir que a região amazônica tem um enorme potencial para a produção e a exportação de produtos únicos devido a sua riqueza natural. No entanto, a exploração da Amazônia para atender ao mercado internacional imprime uma dinâmica que acentua fatores já preocupantes na região, como os danos ambientais e a concentração de renda. Sendo assim, apesar de a comercialização de produtos amazônidas ser uma grande oportunidade para trazer capital para o desenvolvimento da região, é necessário que essa inserção no mercado internacional esteja acompanhada de políticas públicas que garantam o acesso dos mais pobres a recursos e que visem o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, especialmente as de pequenos produtores.