
Arthur Raphael de Araújo Ferreira – Acadêmico do 1° semestre de Relações Internacionais da Unama
As mazelas que o agrotóxico está fazendo na sociedade brasileira, são diversos. Afetando desde da vida do produtor rural que depende exclusivamente do cultivo como forma de renda até o consumidor que está comprando o produto na esperança que não terá algum tipo de intoxicação.
O produtor rural, usa produtos “pesticidas” sem o devido Equipamento de Proteção individual (EPI), e eles sabem que ao longo prazo pode prejudicar sua saúde e trazer mazelas ao consumidor, porém há ainda um mantimento ao uso desses produtos.
O Brasil sendo o maior consumidor de agrotóxico do mundo, fazendo importações de produtos que são proibidos pela UE, a parceria Mercosul-UE é uma manifestação neocolonial acarretando em diversos problemas e beneficiando um lado (Maldonado, 2023).
A intoxicação por esses produtos não é levada a sério o suficiente, sendo sintomas mais brandos como dor de cabeça, náuseas, tonturas, vômitos e caso o contato seja prolongado pode gerar problemas crônicos como paralisias, lesões cerebrais e tumores. “Assim, observa-se que o principal entendimento sobre “intoxicação” para este grupo se refere a situações que necessitam de acompanhamento médico.” De acordo com Brito et al. (2008, p. 217).
Questões políticas-econômicas como a inserção de impostos por parte do governo sobre esses produtos, a falta de recurso financeiro para adquirir outras alternativas e até mesmo por questões culturais fazem virar a primeira opção para os trabalhadores rurais.
O consumidor não está fora disso, apesar de menor intensidade, os alimentos podem conter sim agrotóxicos. Apesar de todos os cuidados, algumas vezes essas substancias penetram nos tecidos vegetais.
A solução pode ser como diz Brito, Gomide, Câmara (2008) “Cerca de metade dos agricultores diz conhecer formas alternativas de cultivo. Trata-se de saber como usar, ter apoio social e político, orientação e acompanhamento técnico adequados para realizar esta transição.”
Ao priorizar os produtos agrotóxicos não estamos apenas focando no “progresso”, estamos focando nas doenças de quem trabalha diretamente com isso em nome do lucro, por isso, é de suma importância recorrer as outras formas de cultivo, questionar nossas dinâmicas sociais e o que queremos priorizar como sociedade.
Referências:
Consequências do uso de agrotóxicos para a saúde e o meio ambiente. (2021, setembro 29). AmbScience. https://ambscience.com/consequencias-do-uso-de-agrotoxicos-para-a-saude-e-o-meio-ambiente/
da Terra Brasil, A. (2023, julho 21). A questão dos agrotóxicos no Brasil. Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2023/07/21/a-questao-dos-agrotoxicos-no-brasil
dos Santos, V. S. (2014, janeiro 30). Os agrotóxicos e nossa saúde. Mundo Educação. https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm
Brito, P. F. D., Gomide, M., & Câmara, V. D. M. (2009). Agrotóxicos e saúde: realidade e desafios para mudança de práticas na agricultura. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19, 207-225.
DA TERRA BRASIL, A. Campanha #ParemOAcordoUEMercosul: Emiliano Maldonado (RENAP). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=b5HTseumssc>. Acesso em: 10 jun. 2024a.
